Santuário Arquidiocesano

Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu

07h

09h
11h
18h
20h
07h
19h
07h
19h
07h
19h
07h
19h
07h
19h
07h
16h
18h
Dia 28 - Festa de São Judas Tadeu

00h

02h

04h

06h

08h

10h

12h

14h

16h

18h

20h

22h

Comunidade Santa Rosa de Lima

Domingo
09h

POSSO ESCOLHER RESPEITAR

Como será, por exemplo, alguém acordar pela manhã e resolver: hoje está frio e vestirei meu casaco vermelho, calçarei as botas, usarei a calça jeans e sentirei atraído por alguém que tenha o mesmo sexo que eu. Difícil imaginar? Nem tanto, se você for uma das inúmeras pessoas que pensam que a homossexualidade é uma escolha pessoal.

Há pessoas que pensam que é assim que funciona. De repente, alguém resolveu ser “diferente”. Talvez, porque, até pouco tempo a conduta do outro estava de acordo com a sua visão do que é certo no mundo e ao perceber no outro algo que não se encaixa no seu próprio padrão, o considera como desvio de comportamento.   É importante saber que a orientação sexual não é uma escolha. Não é opção.

Quem escolheria algo que lhe trouxesse constrangimento, intolerância, rejeição de boa parte da sociedade? Quem faria uma opção para sofrer? Para muitos, alcançar a autoaceitação já é um caminho difícil. É uma luta consigo e com o outro. Requer muita vontade de se conhecer, da busca interior, enfrentamento da repressão que domina a educação sexual e coragem. Em seguida, não necessariamente nesta ordem sistemática, a busca do diálogo na família. Há o medo de conversar. Sobretudo, o receio de que tal conversa possa servir de incentivo e então escolhe-se o silêncio gerador da solidão e de somatizações. Num imenso gasto de energia, busca-se negar e até encontrar culpados. Tanta dor ocorre algumas vezes por falta de informação correta. Vencidas tantas barreiras, ainda, resta a sociedade que aponta, julga e condena.  Todos querem ser amados. Fugimos do abandono e da rejeição.

A questão principal não é a orientação sexual das pessoas, mas a crueldade daqueles que não conseguem conviver com respeito. Diante do próprio desconforto, contribuem para o sofrimento das pessoas e das famílias, com a sua intolerância e rigidez. O desafio maior é abrir o coração para acolher a pessoa. Assim, podemos dispensar os julgamentos e comentários maliciosos. Indiferente da orientação de desejo, seja do mesmo sexo ou do sexo oposto, trata-se do ser humano. Portanto, não é necessário entender, basta amar. Podemos fazer muitas coisas pelas pessoas, inclusive escolher a benevolência.

Talvez valha a pena levantar pela manhã, e resolver: hoje está frio e vestirei meu casaco vermelho, calçarei as botas, usarei jeans e respeitarei o outro amando-o. E, quando for muito difícil, terei piedade de mim e recomeçarei. Tentarei não condenar e não insistir em colocar peso maior do que ele já carrega. Aliviarei meu próprio peso, porque, estarei comprometido com a minha evolução na prática de amar ao próximo. Sim, amá-lo como é e não como eu desejaria que ele fosse!

 

Odília Grilo
Psicóloga CRP 04-3634
odiliagrilo@terra.com.br

 

VEJA TAMBÉM