Podemos dizer que nossa vida tem o movimento de uma montanha russa, com seus altos e baixos, lentidão e acelerar, subidas e descidas, ponto de partida e chegada. O medo e o frio na barriga, muitas vezes, são os companheiros desta jornada, tão essenciais e, ao mesmo tempo, tão paralisantes. O ciclo natural da vida é constituído por mudanças naturais, como o nascimento, a passagem da infância para adolescência, da adolescência para a vida adulta (constituída por vida adulta jovem, média e tardia) e por fim a velhice.
Por mais que tenhamos uma noção do que se trata, sempre será uma novidade viver cada etapa. Aqui, ainda é possível notar pessoas que ficam paralisadas em uma etapa de sua vida, como os adultos que se comportam como crianças e desenvolvem o que chamamos de “síndrome de Peter Pan” ou adultos que trazem o medo de envelhecer e vivem paralisados em sua forma de agir e vestir, de sua vida adulta jovem, o que chamamos de viver o “pseudoideal”.
Estas mudanças, por si só, já são ricas em aventuras, visto que cada etapa da vida exige de nós crescimento e amadurecimento psíquico. Vejamos um adolescente: ele vive os desafios das mudanças corporais, intelectuais e ainda escolhe a profissão que conduzirá sua vida. Como não ter medo? Como não paralisar em alguns pontos? O medo é algo natural da nossa estrutura psíquica, a qual, muitas vezes, nos “salva”. O problema está quando ele tem mais força e nos paralisa por um longo tempo.
Não fique parado no medo!
Agora, pensemos na vida adulta de forma ordinária. Ela, por si só, também é rica em desafios: casamentos, profissão, busca de estabilidade financeira, filhos, trabalho, cuidado e preocupações com os pais que envelhecem, e tantas outras realidades vividas. Realidades que possuem como pano de fundo o desejo pela felicidade! Não é verdade?
Quando surgem situações que exigem uma mudança, como um desemprego, que exigirá sair para buscar um novo trabalho, seja na mesma área ou até mesmo uma área completamente diferente? Uma mudança de cidade, de país, de cultura? Uma mudança de estilo de vida com a chegada de um filho que exige um cuidado específico, por possuir alguma doença ou síndrome? Uma mudança radical em hábitos alimentares para emagrecer? Uma mudança em deixar o vício? Enfim, a vida exige que estejamos abertos às mudanças. Porém, muitas vezes, por medo de não ter o controle, de não saber o que irá acontecer, por medo de não dar conta, impedimos grandes sonhos de se tornarem realidade. Boicotamos nossa vida e ficamos paralisado em uma rotina que posso controlar.
Aqui, deixo uma dica para quem sente a necessidade da mudança. Sonhe, planeje em um papel, coloque metas para a concretização do sonho, estipule objetivos mensais e trimestrais para as mudanças que precisam ser feitas e REALIZE! Mude o que não está bom e melhore o que já é! Lembrando que o medo o acompanhará sempre, pois ele pertence a nossa natureza, apenas não fica parado nele!
Aline Rodrigues
Psicóloga com especializações na área clínica e empresarial
Pós-graduada em Terapia Cognitiva Comportamental