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Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu

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«Pedi a Deus força para triunfar. Ele deu-me fraqueza, para que aprenda a obedecer com humildade. Pedi saúde para realizar grandes feitos. Deu-me doença, para que faça coisas simples.

Desejei a riqueza para obter prosperidade. Deu-me pobreza, para que adquirisse sabedoria. Desejei o poder para ser apreciado pelos homens. Deu-me debilidade, para que o desejasse só a Ele.

Pedi um companheiro para não viver só. Deu-me um coração, para que fosse capaz de amar todos os irmãos.»

Uma leitora enviou-me estas linhas, dizendo que as recebeu de uma religiosa de uma comunidade hispânica de Nova Iorque, que as tinha transcrito de um painel colocado numa instituição de reabilitação.

Segundo sabia, eram as palavras de um atleta obrigado, devido a doença, a passar os dias em cadeira de rodas. São palavras que não precisam de comentário.

Queria apenas acrescentar uma pequena nota sobre a reabilitação. Em tempos visitei um hospital de Turim que era um extraordinário lugar de serenidade e de coragem, apesar da multidão de pessoas atingidas por doenças de vário género.

A reabilitação, com certeza, é também física, passa pela paciente e muitas vezes limitada reconstrução desta admirável arquitetura que é o corpo. Mas ela é, sobretudo, reedificação da alma, da esperança, da preciosidade de cada vida e de cada pessoa, que é sempre uma gloriosa sede da presença de Deus.

Por isso todos precisamos de ser reabilitados no espírito. O texto acima citado terminava assim: «Não tive nada daquilo que pedi a Deus; mas recebi tudo aquilo que tinha esperado».

(Card.) Gianfranco Ravasi 

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