Em tempos históricos, os territórios indígenas têm sido alvo de pressões motivadas pelo interesse econômico predatório. Neste sentido, direitos e vidas são relativizados e transformados em empecilhos a serem removidos. Os territórios indígenas resguardam grandes riquezas naturais e minerais. São para seus viventes, territórios sagrados e como tal devem ser respeitados. “Quando se propõe uma visão da natureza unicamente como objeto de lucro e interesse, isso comporta graves consequências também para a sociedade. A visão que consolida o arbítrio do mais forte favoreceu imensas desigualdades, injustiças e violências para a maior parte da humanidade, porque os recursos tornam-se propriedade do primeiro que chega ou de quem tem mais poder. (…) O ideal de harmonia, justiça, fraternidade e paz que Jesus propõe situa-se nos antípodas de tal modelo (…)” (Laudato Si 82).
Nós, do Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu, assumimos assim e em comunhão com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), órgão ligado a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o compromisso e a voz profética de lutar junto aos povos indígenas resguardando suas conquistas, buscando a efetiva demarcação de suas terras e guardando respeito à sua cultura, tradição e religiosidade. Que não seja derramado mais nenhuma gota de sangue dos povos indígenas em nosso país para que todas e todos tenham vida e a tenham em abundância. (Jo 10, 10).
“A Igreja, igualmente, preocupa-se com os povos indígenas, quilombolas e pescadores, reconhece e defende os seus direitos…” (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2019-2023, n. 113)
Tudo está interligado!
Paz!
Pe. Nivaldo dos Santos Ferreira (reitor e pároco)
Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu
Pastoral Social