O Advento é o início de um novo Ano Litúrgico e pertence ao ciclo do Natal. A liturgia do Advento caracteriza-se como período de preparação, como pode-se deduzir da própria palavra “advento”, que vem do verbo latino advenire, que significa chegar. O Advento é tempo de espera daquele que há de vir. Durante quatro finais de semana que antecedem o Natal, a Igreja, pelo Advento, se prepara para celebrar Cristo que veio, que vem e que virá.
Neste primeiro final de semana do Advento, a primeira vela da Coroa do Advento foi acesa no Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu, marcando o início desse tempo, junto com o dia dedicado ao Padroeiro, em 28 de novembro. A Coroa, composta por quatro velas referentes a cada domingo antes do Natal, por meio de seu formato circular e de suas cores, silenciosamente, expressa a esperança e convida à alegre vigilância.
Padre Aureo Nogueira, reitor do Santuário, em uma de suas homilias, disse que “esse início do novo Ano Litúrgico o Litúrgico na Igreja reafirma a presença, a vinda de Deus no meio de nós, da humanidade”. De acordo com o reitor, o Advento significa vinda, uma vinda que pede de toda comunidade uma preparação para reacender no coração a esperança. “Desesperar é fácil e, humanamente, as vezes nós temos muitos motivos para se desesperar. Mas a ousadia da fé nos faz ter esperança, a verdadeira esperança, como diz São Paulo, naquele que é a nossa esperança, uma esperança que não decepciona”, afirmou.
Para o padre, se tudo deste mundo pode ter gosto de decepção e, as vezes tem, Deus não decepciona jamais, porque a Palavra dele é Palavra que não passa. “Se tudo vai passar neste mundo, o amor de Deus é de sempre e será para sempre”, disse.
“Por isso o Advento vem no início deste novo ano na Igreja dizendo para nós levantai o ânimo, reacenda no seu coração, não obstante aos desafios da vida, essa certeza que nós jamais podemos tirar do nosso interior: Deus vem até nós, ele vem até você”.
Ao final de sua reflexão, padre Aureo disse que nós começamos o Ano Litúrgico lembrando da vinda de Jesus “que será no futuro, no fim dos tempos e no dia da nossa morte, a sua vinda definitiva na vida de cada um de nós”.