Setembro é um mês especial para a Comunidade Surda. No "Setembro Azul", o dia 26 é o Dia Nacional do Surdo. A data foi criada pela Lei nº 11.796/2008, há dois anos, e nos leva a refletir sobre a inclusão das pessoas com deficiência auditiva na sociedade brasileira, bem como nos perguntar se elas estão tendo seus direitos respeitados. Representa, também, uma oportunidade para relembrar os desafios e as lutas por melhores condições de vida das pessoas com deficiência auditiva. Nessa mesma data, em 1857, foi criada a primeira Escola de Surdos no Brasil na cidade de Rio de Janeiro.
Sobre a cor, o azul foi escolhida pelo Dr. Paddy Ladd (surdo). No XIII Congresso Mundial de Surdos na Austrália, foi usado um laço de fita na cor azul como símbolo durante a cerimônia que fez lembrança das Vitimas Surdos da opressão e Audismo.
No processo de criação do nome "Setembro Azul", o azul também simboliza para a Comunidade Surda o período da Segunda Guerra Mundial em que as Pessoas com Deficiência deviam usar uma faixa de cor azul fixada no braço, sendo identificados e mortos pelos Nazistas. Eles acreditavam que os as pessoas com deficiência eram incapazes e sem potencial.
Os anos se passaram e, após várias lutas, os surdos conquistaram muitos de seus objetivos, marcados pelas Leis que tem como princípio o respeito aos Surdos e a sua diferença. Dentre elas a a Lei de Acessibilidade Nº 10.098 de 19 de dezembro de 2000, concomitante à evolução das tecnologias que provocou um interesse de criar equipamentos para melhorar a comunicação dos Surdos.
Para comemorar esta importante data, no dia 27, domingo, o Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu celebrará, às 9h, missa em intenção de toda a Comunidade Surda. A missa será presidida pelo padre Wager Douglas, pró-reitor do Santuário e membro da Pastoral dos Surdos.
*Na foto, o Papa Francisco faz o único sinal universal em língua de sinais, que significa "Eu te Amo".