“Quando a mídia do mundo digital torna-se onipresente não favorece o desenvolvimento da capacidade de viver sabiamente, de pensar profundamente e de amar com generosidade”, declara à agência missionária Fides o docente de teologia e filosofia da Faculdade teológica Redemptoris Mater do Peru, professor Edy Rodríguez Morel del la Prada, acrescentando que “o mundo digitalizado é um risco latente que leva a viver da imagem projetada e, por conseguinte, a perder a dimensão real do encontro”.
Segundo o último estudo de “Crianças no mundo digital. Estado das Crianças no mundo 2017” realizado pelo Unicef, 1 entre cada 3 internautas no mundo inteiro é criança, e os jovens entre os 15 e 24 anos representam a faixa etária mais conectada.
Diante desse contexto, o ministério da segurança social para a saúde do Peru adverte que o abuso de redes sociais, videojogos, telefones celulares e televisão pode favorecer problemas de dependência, isolamento e doenças mentais.
Amizades online em detrimento da relação pessoal
Segundo a Universidade Católica San Pablo, 1 entre cada 20 jovens peruanos de 16 anos apresenta nível preocupante de dependência. “Seria uma perda se nosso desejo de estabelecer e desenvolver amizades online se concretizasse em detrimento da nossa disponibilidade pela família, os vizinhos e aqueles que encontramos em nossa realidade cotidiana”, conclui o Prof. Rodríguez.
Uso responsável da mídia digital
Entre as conclusões do estudo são pedidos medidas imediatas, investimentos específicos e o reforço da cooperação para proteger crianças e jovens dos perigos de um mundo sempre mais conectado, usufruindo, ao mesmo tempo, as possibilidades oferecidas pela era digital mediante um uso responsável, em benefício da vida de toda criança.
*Divulgação Rádio Vaticano