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Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu

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Quem pede, alcança

“Quem pede, recebe; quem procura, encontra; e para quem bate se abrirá”. Estamos novamente diante do tema da oração e mais particularmente na prece de súplica.

 
Aos poucos, em nossas vidas, fomos nos “envolvendo” com o Senhor. Na infância, na adolescência, na idade madura e no outono da vida procuramos ter encontros sinceros e densos com aquele que nos conhece, nos ama e nos perscruta. Vamos nos deixando “ensopar” de Deus, “ encharcar-nos” de sua Presença. Aprendemos que precisamos ser morada e casa do Altíssimo.
 
Normalmente falando, a oração que mais espontaneamente brota de nosso coração é a da gratidão pelos bens que o Senhor nos propicia. Há essas realidades de todos os dias: o pão de nossas mesas, a força de viver, a presença de pessoas que nos levantam quando caímos, aqueles que nos dizem palavras de vida eterna, a beleza da fonte murmurante e das flores que encantam o olhar e o coração.
 
Vamos, aos poucos, aprendendo que a Eucaristia é a grande oração. Ali Cristo se entrega ao Pai e, nas aparências do pão e do vinho, vamos também aprendendo a nos entregar com Cristo, por Cristo e em Cristo. Nossas Celebrações Eucarísticas precisam conservar esse caráter de renovação do sacrifício amoroso de Cristo se entregando ao Pai e de renovação de sua ceia com o prefácio do lava-pés. Os que dispõem de tempo haverão de participar cotidianamente da Eucaristia.
 
Tudo está nas mãos do Senhor. Ele, entretanto, pediu que intercedêssemos uns pelos outros. Pede que rezemos pelas vocações, pedindo operários ao dono da seara. Quando ensina o Pai nosso nos orienta a pedir o pão de todos os dias, a força de perdoar os que nos ofendem. Pedimos ao Senhor que nos livre das tentações e do mal. Por isso, nossa oração de pedido está sempre em nossos lábios: o bem estar dos nossos, a força e saúde para os enfermos, a coragem dos casados superarem suas dificuldades. Deus gosta de nos ouvir pedir pelos outros.
 
O trecho do Evangelho de Lucas (Lc 11,5-13) nos fala da oração de pedido e termina com uma observação que merece ser compreendida: “Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem”. Esse parece ser o pedido mais importante a ser dirigido aos céus: que possamos receber o Espírito Santo, esse amor do Pai e do Filho que aquece o que está frio, corrige o que está torto, ilumina os caminhos na hora das decisões, recorda as palavras de Jesus e permite que, em nossa vida pessoal, na comunidade cristã e no mundo conheçamos o novo que vem de Deus.
 
O Espírito Santo é o principal em nossa prece de pedido. A Igreja de amanhã está nas mãos do Espírito. Por isso, a grande oração de súplica é que Deus continue derramando o Espírito que paira sobre as oferendas do pão e do vinho, como pousou sobre a Virgem Maria na anunciação e sobre os Apóstolos em forma de fogo e de luz.
 
Frei Almir R. Guimarães, OFM