A PUC Minas apresentou a Campanha da Fraternidade 2018 para a comunidade acadêmica na manhã desta quarta-feira, 21 de fevereiro, no Teatro João Paulo II. Neste ano, a Campanha traz o tema “Fraternidade e Superação da Violência” e o lema “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8). O objetivo é promover a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência.
Momentos de reflexão e diálogo marcaram o encontro, organizado pela Pastoral Universitária. O coordenador do Sistema Avançado de Formação ANIMA PUC Minas, padre Aureo Nogueira, destacou que a Campanha é oportunidade para se pensar, refletir e agir, também no meio acadêmico, sobre os diversos tipos de violências que prejudicam a vida humana: “A Campanha da Fraternidade apresenta um assunto desafiador, por isso, também é preciso que essa temática esteja no ambiente acadêmico, entre a reflexão, a ciência, e outras instâncias”.
Após a fala do coordenador do ANIMA, teve início o debate, que teve como moderadora a professora Carla Ferreti Santiago, diretora do Instituto de Ciências Humanas. A primeira exposição do tema foi do professor Robson Sávio Reis Souza, coordenador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos (NESP). Robson destacou que a violência não é um problema do sistema de justiça criminal: “Não existe apenas um tipo de violência. Vamos falar, aqui, de vários tipos de violências, que atingem primeiro e mais fortemente os mais jovens, as mulheres, os negros, indígenas, os mais pobres e desfavorecidos. A superação da violência deve ser enfrentada com políticas públicas democraticamente discutidas e implementadas com vistas à garantia e ampliação dos direitos de todos os cidadãos, ou seja, combater todas as formas de violência, fortalecendo a justiça, a igualdade, respeito às diferenças, pluralidade, entre outros princípios democráticos.”
O professor Paulo Agostinho, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da PUC Minas, destacou a importância da educação no modo de conduzir as pessoas a uma reflexão: “Se queremos mudar a realidade da violência no país, é preciso repensar a educação em seus diversos âmbitos. Uma criança, um adolescente ou um jovem precisa de novas e excelentes perspectivas nas escolas, não somente na dimensão do ensino, da educação, mas, na partilha daquilo que se aprende e que pode ser transmitido àqueles que precisam. E com isso, a gente cresce, a população cresce na vida em sociedade, aprimora o entendimento à “não violência”.
*Divulgação: Assessoria de Comunicação e Marketing Arquidiocese de BH/ Fotos: Observatório da Evangelização