Por esta intenção, o Papa Francisco pede a oração dos fiéis neste mês de junho. Enquanto a pandemia ainda assola muitas partes do mundo, o Santo Padre não esquece aqueles que passam por todos os tipos de dificuldades e lembra que existe um caminho que ajuda a todos: “um caminho cheio de compaixão que transforma a vida das pessoas . e as aproxima do Coração de Cristo, que nos acolhe a todos na revolução da ternura”.
Longa tradição
A devoção ao Coração de Jesus tem uma longa história. Começa com o “coração trespassado de Jesus” no Evangelho de São João – interpretado pelo misticismo medieval como uma ferida que manifesta a profundidade de seu amor –, passa pelas revelações a Santa Margarida Maria Alacoque no século XVII e o posterior culto ao Sagrado Coração no século XIX, e vai até a Divina Misericórdia com Santa Faustina Kowalska no início do século XX.
O Papa Pio XII escreveu uma encíclica sobre o Sagrado Coração, Haurietes aquas (1956).
Ao longo da história, houve várias inculturações dessa devoção, com diferentes formas e linguagens, mas sempre para que o Pai nos revelasse em toda a sua profundidade o mistério de seu amor através de um símbolo privilegiado: o coração vivo de seu Filho ressuscitado. Pois “o coração de Cristo é o centro da misericórdia”, diz Francisco.
Compaixão
O padre Frédéric Fornos SJ, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, que produz os vídeos mensais, destaca que a devoção ao Coração de Jesus estabelece uma missão de compaixão pelo mundo e é o fundamento de toda missão:
“O discípulo a quem Jesus mais amava, aquele que conhecia melhor o coração de Jesus, recostado junto a Ele (Jo 13, 23) também foi o primeiro a reconhecer Jesus ressuscitado às margens do lago da Galileia (Jo 21, 7). Quanto mais próximo alguém estiver do Coração de Jesus, mais perceberá suas alegrias e sofrimentos pelos homens, mulheres e crianças deste mundo; e reconhecerá Sua presença hoje como ontem, atuando no mundo. Quanto mais perto estivermos do Coração de Jesus, menos indiferentes seremos ao que nos cerca, desejando nos comprometer com Jesus Cristo neste mundo, a serviço de sua missão de compaixão.
Fonte: Vatican News