Hoje, quarta-feira, 18 de maio, na audiência geral na Praça de S. Pedro, o Papa Francisco falou na sua catequese sobre pobreza e misericórdia referindo-se à parábola do rico avarento e do pobre Lázaro.
“A misericórdia de Deus está ligada à nossa misericórdia para com o próximo; e quando não temos misericórdia para com os outros, a misericórdia de Deus não encontra espaço no nosso coração fechado”, disse o Santo Padre.
Isto nos demonstra a parábola do rico avarento e do pobre Lázaro – afirmou Francisco. O portão da casa do rico estava sempre fechado ao pobre, que ali jazia esfomeado e coberto de chagas. Ignorando Lázaro e negando-lhe até mesmo as sobras da sua mesa, o rico desprezou a Deus, segundo as conhecidas palavras de Jesus: “Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a Mim que o deixastes de fazer”.
Segundo o Papa, podemos, assim, afirmar que “ignorar o pobre é desprezar Deus”.
Nesta parábola – continuou o Santo Padre – há um pormenor interessante: enquanto o nome do rico não é mencionado, o nome do pobre, Lázaro, que, em hebraico, significa “Deus ajuda”, repete-se cinco vezes.
Assim, Lázaro à porta é um apelo vivo feito ao rico para que se recorde de Deus, mas o rico não acolhe este apelo. “Será condenado, não pelas suas riquezas, mas por não ter tido compaixão de Lázaro socorrendo-o”, disse o Papa.
Como é errada esta atitude é o que podemos verificar na segunda parte da parábola, que apresenta invertida a situação de ambos no além-túmulo: o pobre Lázaro aparece feliz no seio de Abraão, ao passo que o rico é atormentado. Agora o rico reconhece Lázaro e pede-lhe ajuda, enquanto em vida fazia de conta que não o via. Antes negava-lhe as sobras da mesa, agora pede para lhe dar de beber. Mas, como explica Abraão, aquele portão de casa que, na terra, separava o rico do pobre, transformou-se num “grande abismo”, que é intransponível – concluiu o Papa Francisco.
Fonte: news.va