A Audiência Geral desta quarta-feira (16/05), na Praça S. Pedro, foi marcada por um veemente apelo pela paz na Terra Santa e no Oriente Médio, depois da abertura da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém. Os protestos contra esta decisão que reconhece a Cidade Santa como capital de Israel provocaram mais de 60 mortos.
“Estou muito preocupado e triste com o aumento da tensão na Terra Santa e no Oriente Médio e com a espiral de violência que afasta sempre mais do caminho da paz, do diálogo e das negociações. Expresso a minha grande dor pelos mortos e os feridos e estou próximo com a oração e o afeto a todos os que sofrem. Reitero que o uso da violência jamais leva à paz. Guerra chama guerra, violência chama violência. Convido todas as partes em causa e a comunidade internacional a renovar o empenho para que prevaleçam o diálogo, a justiça e a paz.”
Ao invocar Maria, Rainha do Paz, o Papa rezou com os fiéis uma “Ave-Maria”. “Que Deus tenha piedade de nós”, concluiu.
Que triste recordar as guerras
Após a catequese, em suas saudações o Pontífice se dirigiu de modo especial aos ex-combatentes poloneses da II Guerra Mundial, que vieram a Roma para as celebrações do aniversário da batalha de Monte Cassino.
“Que tristeza recordar as guerras”, improvisou Francisco. “No século passado, tivemos duas grandes guerras. Jamais aprendemos. Que Deus nos ajude. Que a tragédia da guerra vivida por vocês se torne um apelo para o fim dos conflitos no mundo e pela busca de caminhos de paz.”
Ramadã, tempo privilegiado de oração e de jejum
Francisco fez também uma saudação a todos muçulmanos pelo início do Ramadã, na quinta-feira. “Que este tempo privilegiado de oração e de jejum ajude a caminhar na via de Deus, que é a vida da paz.”