Todos atravessamos fases de “desolação”, “momentos obscuros”, em que as coisas parecem perder o sentido, mas é ali que os cristãos devem “perseverar” para “chegar à promessa” do Senhor, sem “deixar-se abater” ou “retroceder”.
Na homilia celebrada na Casa Santa Marta, o Papa Francisco partiu da primeira Leitura (Hb 10,32-39) para refletir sobre o sentido da perseverança no caminho da vida. O autor da Carta aos Hebreus “fala aos cristãos que estão atravessando um momento difícil”, um momento de perseguição, assim como cada indivíduo atravessa fases de abatimento, “quando não sente nada” e há uma espécie de “distanciamento na nossa alma”. Momentos de desolação vividos pelo próprio Jesus.
A vida cristã não é um carnaval, não é festa e alegria contínua; a vida cristã tem momentos belíssimos e momentos ruins, momentos de torpor, de distanciamento, como disse, onde nada tem sentido… o momento da desolação. E neste momento, seja pelas perseguições internas, seja pelo estado interior da alma, o autor da Carta aos Hebreus diz: “Precisais de perseverança”. Sim. Mas perseverança para quê? “Para cumprir a vontade de Deus e alcançar o que ele prometeu”. Perseverança para chegar à promessa.
Confira na íntegra a audiência geral do Papa Francisco, desta quarta-feira 06 de fevereiro.