Na Audiência Geral desta quarta-feira (06/05), realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico, por causa da pandemia de coronavírus, o Papa Francisco iniciou um novo ciclo de catequeses, desta vez dedicado à oração.
“A oração é o respiro da fé, é a sua expressão mais apropriada. Como um grito que sai do coração de quem acredita e confia em Deus”, disse Francisco, convidando a pensar na história do cego Bartimeu, que ficava sentado na rua pedindo esmola na periferia de Jericó. “Não é um personagem anônimo, ele tem um rosto, um nome: Bartimeu, o filho de Timeu”, disse o Papa, que ouve falar que Jesus passaria por ali e faz de tudo para encontrar Jesus.
A oração de Bartimeu toca o coração de Jesus
Este homem entra nos Evangelhos como uma voz que grita com toda a força. Ele não vê. Ele não sabe se Jesus está perto ou longe, mas entende isso através da multidão, que a um certo ponto aumenta e se aproxima, mas ele está completamente sozinho e ninguém se importa com isso. E o que Bartimeu faz? Grita. Usa a única arma que tem: a voz. Começa a gritar: «Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!»
O Papa frisou que “os seus gritos insistentes incomodam e muitos o repreendem, dizendo-lhe para ficar quieto. Bartimeu não se cala, pelo contrário, grita ainda mais forte: «Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!» Essa expressão: ‘Filho de Davi’ é muito importante, significa ‘o Messias’. É uma profissão de fé que sai da boca daquele homem desprezado por todos”.
Jesus escuta o seu grito. A oração de Bartimeu toca seu coração, o coração de Deus, e as portas da salvação se abrem para ele. Jesus o chama. Ele se levanta e aqueles que antes lhe disseram para ficar calado agora o conduzem ao Mestre. Jesus fala com ele, pede para que expresse o seu desejo e então o grito se torna um pedido: «Mestre, eu quero ver de novo».