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Papa abre a Porta Santa dando início ao Jubileu da Misericórdia

ANSA917552_LancioGrande“Atravessar hoje a Porta Santa nos compromete a adotar a misericórdia do bom samaritano”. Este é o espírito com qual se deve viver o Jubileu Extraordinário, conforme disse o Papa Francisco na missa celebrada por ocasião da Solenidade da Imaculada Conceição, 8 de dezembro, na Praça São Pedro.

 

Na homilia que antecedeu a abertura da Porta Santa, o Pontífice recordou o mesmo gesto realizado em Bangui (Rep. Centro-Africana) e ressaltou a primazia da graça. “A festa da Imaculada Conceição exprime a grandeza do amor divino. Deus não é apenas Aquele que perdoa o pecado, mas, em Maria, chega até a evitar a culpa original, que todo o homem traz consigo ao entrar neste mundo. É o amor de Deus que evita, antecipa e salva”, afirmou.

 

A própria história do pecado só é compreensível à luz do amor que perdoa, explicou o Papa. “Se tudo permanecesse relegado ao pecado, seríamos os mais desesperados entre as criaturas. A promessa da vitória do amor de Cristo encerra tudo na misericórdia do Pai.”

 

Também, este Ano Santo Extraordinário é dom de graça, prosseguiu Francisco. “Entrar por aquela Porta significa descobrir a profundidade da misericórdia do Pai que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de cada um. É Ele que nos procura, que vem ao nosso encontro. Neste Ano, deveremos crescer na convicção da misericórdia.”

 

Para o Pontífice, é preciso antepor a misericórdia ao julgamento, se quisermos ser justos com Deus. “Ponhamos de lado qualquer forma de medo e temor, porque não corresponde a quem é amado; vivamos, antes, a alegria do encontro com a graça que tudo transforma”, exortou.

 

Concílio Vaticano II

Em sua homilia, o Papa fez um paralelo com outra porta “escancarada” 50 anos atrás pelos padres conciliares. O Concílio, afirmou Francisco, foi primariamente um encontro; “um encontro entre a Igreja e os homens do nosso tempo”.

 

“Trata-se, pois, de um impulso missionário que, depois destas décadas, retomamos com a mesma força e o mesmo entusiasmo. O Jubileu exorta-nos a esta abertura e obriga-nos a não transcurar o espírito que surgiu do Vaticano II, o do Samaritano, como recordou o Beato Paulo VI na conclusão do Concílio. Atravessar hoje a Porta Santa compromete-nos a adotar a misericórdia do bom samaritano.”

 

Porta Santa

Após a comunhão, teve início o rito de abertura da Porta Santa, na entrada da Basílica de São Pedro. O diácono convidou os fiéis para a inauguração do Jubileu Extraordinário da Misericórdia com estas palavras “Abre-se diante de nós a Porta Santa. É o próprio Cristo que, através do mistério da Igreja, nos introduz no consolador mistério do amor de Deus”.

 

Em procissão, os concelebrantes se posicionaram na entrada da Basílica. Também estava presente o Papa emérito Bento XVI. Diante da Porta Santa, o Pontífice fez uma oração e recitou a seguinte fórmula: “Esta é a porta do Senhor. Abri-me as portas da justiça. Por tua grande misericórdia entrarei em tua casa, Senhor”.

 

O Santo Padre abriu a Porta Santa e se deteve em silêncio em sua entrada. Francisco entrou primeiro, seguido por Bento XVI, pelos concelebrantes e por alguns representantes de religiosos e fiéis leigos – momento em que foi entoado o Hino do Ano Santo da Misericórdia. No Altar da Confissão, o Papa fez uma oração e concedeu a todos a sua bênção apostólica.

 

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Fonte: news.va