Francisco recebeu nesta quarta-feira, no Vaticano, antes da Audiência Geral, um grupo de um grupo de estudantes e funcionários italianos da Escola “La Zolla” de Milão, por ocasião de seus 50 anos de fundação. O Papa ressaltou que “o mundo de hoje coloca tantas barreiras entre as pessoas. E o resultado dessas barreiras é a exclusão, a rejeição”.
Em seu discurso, o Papa ressaltou que esta “escola de inspiração cristã é uma realidade preciosa para a região de Milão e oferece um serviço educativo apreciado em colaboração com as famílias. É importante construir uma comunidade educativa na qual, junto com os professores, os pais possam ser protagonistas do crescimento cultural de seus filhos”.
A seguir, o Papa se dirigiu aos jovens, destacando duas palavras: partilha e acolhida.
Partilha: não se cansem de amadurecer junto com as pessoas ao seu redor: colegas de escola, pais, educadores, amigos. Há uma necessidade de “trabalhar em equipe”, de crescer não apenas em conhecimento, mas também em tecer laços para construir uma sociedade mais unida e fraterna. Porque a paz, que tanto precisamos, se constrói artesanalmente através da partilha.
Na segunda palavra, acolhida, Francisco frisou que “o mundo de hoje coloca tantas barreiras entre as pessoas. Isto é perigoso, quando se descarta”. “Até mesmo na escola”, ouçam com atenção meninos e meninas, “na escola às vezes há alguns colegas que são um pouco estranhos, um pouco ridículos ou que vocês não gostam: nunca os descarte! Nem bullying: não, por favor, não bullying, nada, somos todos iguais. Mesmo que um companheiro seja um pouco desagradável, coitado, me aproximo dele com simpatia. Construir sempre pontes, não descartar ninguém, por favor! Não descartar, pois as guerras sempre começam com o descarte. O resultado das barreiras são exclusões, descarte”.
Existem barreiras entre estados, entre grupos sociais, mas também entre as pessoas. E muitas vezes até o telefone, que você continua olhando, torna-se uma fronteira que o isola em um mundo que você tem na ponta de seus dedos. Como é bonito olhar nos olhos das pessoas, ouvir sua história e acolher sua identidade; construir pontes através da amizade com irmãos e irmãs de diferentes tradições, grupos étnicos e religiões. Somente assim construiremos, com a ajuda de Deus, um futuro de paz e esperança.
(Vatican News)