A Praça do Trabalhador, em Contagem, recebeu um grande número de fiéis para a 38ª Missa do Trabalhador, presidida pelo bispo auxiliar dom Luiz Gonzaga Fechio e concelebrada pelos padres da Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida (Rensa). Nesta quinta-feira, 1º de maio, muitos trabalhadores, não apenas das cidades que integram a Região Metropolitana de Belo Horizonte, mas também de outros municípios do Estado, participaram da Celebração Eucarística.
Dirigindo-se aos fiéis, dom Luiz destacou, durante sua homilia, a mensagem publicada pela Pastoral Operária para o dia 1º de maio deste ano. O Bispo citou alguns números apresentados no texto para que todos pudessem refletir sobre o contexto atual. Na carta, entre outros dados, a Pastoral Operária informa que a taxa de famílias endividadas alcança 62,5% da população.
Segundo dom Luiz, os trabalhadores, diante das muitas dificuldades, não devem desistir. Precisam “tomar consciência da realidade para buscar seus direitos”. “A Palavra de Deus nos dá esperança. O nosso Deus é trabalhador”, disse, lembrando a narrativa do Livro do Gênesis: “Deus criou tudo e descansou no sétimo dia”. Conforme ensina o Bispo, o trabalho não pode se reduzir à lógica do dinheiro, pois é parte integrante da identidade de cada pessoa. Em seguida, dom Luiz pediu para que cada fiel reze pelos que vivem a angústia de não poder trabalhar com dignidade.
No fim da celebração, o vigário episcopal da Rensa, frei Luiz Antônio Pinheiro, agradeceu a presença do padre Miguel, jesuíta que completou, neste 1º de maio, 82 anos de vida. Padre Miguel foi um dos responsáveis pelo início da Missa do Trabalhador, na década de 1970. Hoje a Celebração é reconhecida como bem imaterial de Contagem. O sacerdote foi bastante aplaudido. Logo após a Missa, dom Luiz cumprimentou os fiéis, que voltaram alegres para suas casas após receberem a bênção do Bispo.