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Dom Walmor e bispos auxiliares divulgam carta com orientações sobre as Eleições 2016

20yh4od7spfxm39hkwodjehouo6331O Arcebispo, dom Walmor, e os Bispos auxiliares – dom Joaquim Mol, dom João Justino e dom Edson Oriolo –  divulgam carta dirigida aos fiéis, sacerdotes, religiosos e diáconos permanentes com orientações gerais sobre a conduta no período eleitoral.

Na carta, os bispos afirmam que as Eleições Municipais 2016 são oportunidade para todos participarem da política, iluminados pela fé e pela consciência da dignidade da pessoa humana. “Esse é um momento privilegiado para o resgate da esperança, especialmente, daqueles que sofrem a exclusão e os seus terríveis efeitos. Temos a obrigação de “dar as razões da nossa esperança” (1Pd 3,15), que se sustenta, também, na convicção de que a ética na política e na vida pública é uma exigência irrenunciável. Nosso  voto tem força e pode começar a mudar situações de injustiça”- diz o documento.

Leia o texto abaixo

ORIENTAÇÕES SOBRE AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2016 

Amados e amadas de Deus,
A comunidade católica está convidada a empenhar-se no dever cívico de participação ativa, consciente e crítica no processo eleitoral deste ano, para que sejamos instrumento de verdadeira transformação das estruturas injustas e corruptas de nossa sociedade.
O Evangelho de Jesus Cristo nos convoca a assumir compromissos mais efetivos com a cidadania. O cenário sociopolítico e econômico brasileiro, lamentavelmente, sempre foi marcado pela falta de ética e moral, em diversas circunstâncias, envolvendo diferentes pessoas, instituições e autoridades públicas. Trata-se de algo tão grave que chega a abalar as instituições democráticas do nosso País. Isso prova que a sociedade não pode abrir mão do compromisso com a ética na política, do sentido de solidariedade e da compreensão da atividade política como serviço.
A Igreja Católica na Arquidiocese de Belo Horizonte incentiva a participação efetiva dos cristãos leigos e leigas no processo eleitoral. Sabemos que as mudanças sociais, na democracia, ocorrem pela via política. Se quisermos uma sociedade mais justa, solidária e verdadeiramente comprometida com os valores do Evangelho devemos investir na formação política dos cidadãos. Comprometidos com o bem de todos, particularmente dos pobres e excluídos, observamos e recomendamos:
1. As Eleições Municipais 2016 são uma oportunidade para todos participarem da política, iluminados pela fé e pela consciência da dignidade da pessoa humana. Esse é um momento privilegiado para o resgate da esperança, especialmente, daqueles que sofrem a exclusão e os seus terríveis efeitos. Temos a obrigação de “dar as razões da nossa esperança” (1Pd 3,15), que se sustenta, também, na convicção de que a ética na política e na vida pública é uma exigência irrenunciável. Nosso voto tem força e pode começar a mudar situações de injustiça.
2. Voto cidadão é o voto que ajuda a eleger quem pode priorizar e melhorar a vida dos mais de 488.923 cidadãos e cidadãs que moram em aglomerados nos municípios que compõem a Arquidiocese de Belo Horizonte; a implantar políticas públicas em favor da dignidade dos cerca de 2000 moradores de rua; a resolver o déficit de 136.641 domicílios para abrigar as famílias sem casa; é votar em quem se dispõe – sem demagogias e promessas messiânicas -, energicamente, a diminuir a escandalosa desigualdade social em nossos municípios, por robustos investimentos, dando corajosa e efetiva prioridade à qualidade na saúde, educação, segurança, mobilidade e aos programas de distribuição de renda. A prioridade das prioridades é o zelo e atendimento solidário dedicado aos pobres por programas e projetos de efetiva inclusão social.
3. Temos o dever de eleger candidatos competentes e honestos. Não podemos escolher para os outros, mas temos a obrigação de colaborar para que todos possam escolher com a clareza e conscientes de que essa é uma especial oportunidade de promovermos mudanças importantes em nossos municípios. A organização de debates, sabatinas e encontros com candidatos pode ajudar a conhecer os projetos de cada um deles e trazer luzes para o discernimento sobre em quem votar.
4. Recordamos a todos que o Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC Minas, instituição da Arquidiocese de Belo Horizonte, realiza, a partir deste mês de setembro, a campanha “Eleições 2016: #AcidadeÉprioridade”. Utilizando multiplataformas digitais, o Núcleo publicou em vários meios uma série de 20 vídeos sobre a participação política e as eleições deste ano. Os vídeos, dedicados aos mais diferentes públicos, objetivam a partilha de informações e a contribuição com processos educativos. Eles se dedicam ao processo eleitoral deste ano, à formação sobre cidadania e à participação política. Proporcionam a reflexão sobre vários temas, como o financiamento empresarial das campanhas, as eleições “eternas” no legislativo e executivo e o discurso enviesado acerca do combate à corrupção, muito utilizado em campanhas eleitorais. Os vídeos estão disponíveis no site e redes sociais da Arquidiocese (www.arquidiocesebh.org.br), no canal do Nesp no YouTube, nas redes sociais da PUC Minas(facebook.com/pucminasoficial). Podem ser livremente partilhados. Serão, também, exibidos na TV Horizonte, na PUC TV Minas e em outros meios de comunicação. Poderão ser livremente compartilhados, inclusive via WhatsApp.


5. A política pode ser uma das mais altas expressões da caridade cristã. Por isso a Arquidiocese de Belo Horizonte incentiva o voto esclarecido e consciente e, para tanto, apoia, após profunda reflexão e discussão coletiva, que grupos indiquem candidatos que, se forem eleitos, devem ser rigorosamente acompanhados e avaliados. Assim sendo, pode-se evitar a dispersão de votos que serve, simplesmente, para favorecer partidos e coligações.


6. Leigos e leigas de nossas comunidades que se candidatarem para as eleições poderão permanecer em suas funções ministeriais e pastorais, mas não devem fazer de seu serviço na Igreja espaço de propaganda eleitoral. Portanto, não devem portar em funções litúrgicas, quando for o caso, nem vestes nem outros objetos de propaganda. Também não devem ser impedidos de continuar sua participação e serviços nas comunidades, o que seria contraditório ao incentivo a que entrem no mundo da política.


7. Leigos e leigas, candidatos de nossas comunidades e paróquias, tenham a oportunidade de organizar e congregar grupos aos quais queiram se apresentar para dar a conhecer seus compromissos e propósitos políticos, criando a oportunidade para partilhas e conscientização na liberdade do dever de participação cidadã de todos os cristãos, contribuindo na promoção de escolhas adequadas e em garantia do bem de todos.


8. Em respeito à nossa missão de ministros ordenados da Igreja e pelos balizamentos canônicos que não nos permitem envolvimento partidário, está terminantemente proibido o uso de fotos, textos e imagens do Arcebispo Metropolitano, dos bispos auxiliares, vigários episcopais, padres e diáconos permanentes e transitórios em material de propaganda eleitoral. Também, não é permitida a propaganda eleitoral contendo publicidade partidária ou de candidatos nos eventos da Arquidiocese, nas celebrações litúrgicas e nos locais de culto das paróquias católicas.
Nossa missão evangelizadora exige de todos nós, neste momento importante para a vida da sociedade, empenho para que tudo se realize como anúncio do Reino de Deus e o bem do Povo, particularmente do Povo empobrecido e sacrificado. Que as Eleições Municipais sejam um broto de esperança no horizonte do exigente compromisso de sermos uma sociedade solidária e fraterna.


Com apreço e unidos na alegria de sempre estar a serviço.


Dom Walmor Oliveira de Azevedo – Arcebispo de Belo Horizonte

Dom Joaquim G. Mol Guimarães  – Bispo Auxiliar

Dom João Justino de M. Silva – Bispo Auxiliar

Dom Edson José O. dos Santos – Bispo Auxiliar