A cada ano, a perseguição aos cristãos se intensifica no âmbito global. O número de cristãos com medo de ir à igreja ou que já não têm uma igreja aonde ir tem aumentado, bem como daqueles que têm de escolher entre permanecer fiel a Deus ou manter seus filhos seguros. Ou das vítimas da violência extrema que perdem familiares, casa, bens e liberdade por compartilhar a mesma crença de muitos aqui no Brasil: a fé em Jesus Cristo.
Em sua compreensão clássica, a perseguição religiosa é realizada ou respaldada pelo Estado. A realidade, porém, mostra que isso não é geralmente o que acontece. Nos dias de hoje, o papel de agentes não estatais é cada vez mais visível – um exemplo disso são os grupos extremistas, tais como Estado Islâmico, Boko Haram e Al-Shabaab.
Outros atores sociais também podem ser mencionados: agentes da sociedade civil, líderes de grupos étnicos, líderes religiosos não cristãos, líderes eclesiásticos, movimentos radicais, cidadãos comuns formando motins, os próprios familiares, partidos políticos, revolucionários, grupos paramilitares, cartéis ou redes de crime organizado ou organizações multilaterais.
Não há uma definição universalmente aceita acerca da perseguição. Cortes, legisladores e estudiosos abordaram o conceito sob diferentes perspectivas. A Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, adotada em 1951, não define a perseguição. Entretanto, alguns tentaram estabelecer um padrão elevado para determinar se uma situação pode ser tida como perseguição ou não, como o 3º Circuito da Corte de Apelos dos Estados Unidos e a Comissão Preparatória para a Corte Criminal Internacional.
A Lista Mundial da Perseguição, relatório anual que respalda o trabalho da Portas Abertas, no entanto,define perseguição religiosa como “qualquer hostilidade experimentada como resultado da identificação de uma pessoa com Cristo. Isso pode incluir atitudes hostis, palavras e ações contra cristãos”.