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Campanha da Cáritas Brasileira

A campanha da Cáritas Brasileira “Uma família humana, pão e justiça para todas as pessoas” foi apresentada na 52ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pelo bispo de Santarém (PA) e presidente da Cáritas no Brasil, dom Flávio Giovenale. A iniciativa receberá o apoio da CNBB nas suas ações.

 

A campanha teve início em dezembro do ano passado. No Brasil, de acordo com a Cáritas, a partir do contexto e da realidade do país, será trabalhada como “Uma família humana, pão e justiça para todas as pessoas”.

 

Dom Giovenale explicou durante entrevista coletiva, na tarde de hoje, dia 8, que o combate à fome é o primeiro objetivo apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU), nas metas para este milênio, buscando eliminá-la até 2025. Ele ainda destacou que a campanha tem o desejo de sensibilizar populações, governos e entidades para atingir o que foi proposto pela organização. Entretanto, segundo o bispo, não há respostas concretas sobre a questão em várias partes do mundo. “Nós estamos já em mais da metade do caminho e vários países, vários governos nem começaram ainda o trabalho para eliminar a fome”, lamentou.

 

De acordo com o bispo, a fome não acontece por acaso, o que justifica duas vertentes da campanha. A primeira busca ajudar as pessoas que estão com fome e a segunda tem o objetivo de evitar o desperdício. Dom Flávio Giovenale citou as estatísticas da ONU que apontam o número de 1 bilhão de toneladas de alimentos jogadas fora ao ano e o Brasil como recordista no estrago de comida. “Quase 60% do alimento produzido no Brasil não chegam à mesa, porque são estragados, desde a colheita até o armazenamento”, apontou.

 

Algumas ações foram citadas pelo bispo como levantamentos de pequenas iniciativas que ajudam comunidades na superação da fome e o planejamento de um gesto concreto de ajuda ao Haiti, em parceria com a CNBB.

 

O Brasil, com os programas do governo, de acordo com dom Giovenale, é um dos países que já está alcançando a meta, apesar dos 50 milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza. “Isso quer dizer que ainda temos muito a fazer”, comentou. Ele ainda lembrou que os programas devem acontecer em períodos determinados para “evitar o vício”.