Santuário Arquidiocesano

Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu

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Assunção de Nossa Senhora: congadeiros celebram no Santuário

A Igreja Católica do mundo inteiro celebrou no último final de semana, 15 e 16 de agosto, a Assunção de Nossa Senhora. No Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu, centenas de fiéis acompanharam a celebração eucarística, que teve participação de Guardas de Congado, e foi presidida pelo vigário paroquial, Padre Wagner Douglas.

 

A Guarda de Moçambique de São Sebastião do Reino de Nossa Senhora do Rosário (Bairro Nova Floresta – BH), Irmandade de Nossa Senhora do Rosário (Ibirité – MG), Guarda de Marujos de São Cosme e Damião (Bairro São Bento – BH), Guarda de São Jorge e Nossa Senhora do Rosário (Bairro Concórdia – BH) e Guarda de Nossa Senhora do Rosário (Bairro Aparecida – BH) vieram em procissão pelas ruas dos bairros Nova Floresta e da Graça, com a imagem de Nossa Senhora, animados com danças e entoando cantos em homenagem à Mãe de Deus.

 

Uma fé universal celebrada desde tempos remotíssimos, a “Assunção de Nossa Senhora ao Céu” significa que Deus reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.

 

A Missa Conga põe em diálogo a religiosidade popular e a liturgia da Igreja Católica. Conforme a tradição, as guardas se preparam para entrar no templo. Nesse momento o passado se faz tão presente, nos fazendo recordar as portas, que eram sempre fechadas aos fiéis de pele negra. O capitão da guarda faz o lamento, e perto dele permanece um jovem, que será futuramente o conhecedor das palavras sagradas. Finalizando o lamento, a voz de outro capitão, faz se forte e clara, lembrando que a Igreja é de Deus e que a missa será celebrada pelo Rei Eterno: 



“O sô padro abre a porta. O! que o nego qué entrá. Qué ouvi a Santa Missa. Que o padro Eterno vai celebrá”    

 

Nesse momento as portas se abrem, par a par, para a entrada dos negros. Simbolicamente, os escravos entram primeiro. Entram o reino coroado, as guardas e o povo. 
 
 
A missa segue a liturgia da Igreja Católica, com os cantos das guardas que pontuam os momentos:  Evangelho, Ofertório, Saudação entre os fiéis, Comunhão e Encerramento. 
 
 
Para o Padre Wagner, "o Santuário é um lugar sagrado e especial onde as pessoas manifestam sua fé". Ele disse ainda que para nós, mineiros, essa aproximação entre fé, devoção e cultura tem um grande significado na experiência com Deus.
 
 
O padre recordou a fala do Papa Francisco, contida no Evangelli Gaudium, que diz que "cada porção do povo de Deus, ao traduzir na vida o dom de Deus segundo sua índole própria, dá testemunho da fé recebida e enriquece-a com novas expressões que falam por si".
 
 
Confira as fotos.