O bispo de Barra do Piraí-Volta Redonda (RJ), dom Francesco Biasin, presidiu hoje, 4, a missa em memória aos bispos falecidos desde a última assembleia, realizada em 2013. “Sentimo-nos profundamente devedores e gratos aos nossos irmãos bispos falecidos, pela fé que nos transmitiram, que ilumina a nossa vida e alimenta a nossa caminhada e das nossas igrejas”, disse durante a homilia.
Dom Biasin fez menção especial ao bispo emérito de sua diocese, dom Waldyr Calheiros, e ao bispo emérito de Goiás (GO), dom Tomás Balduíno, falecido na última sexta-feira, dia 2, e que será sepultado hoje, na Catedral Nossa Senhora Sant’Ana, na Cidade de Goiàs.
“Os dois se procuravam e se apoiavam. Quando se encontravam pareciam dois irmãos. Tiveram uma trajetória marcada por desafios comuns. Juntos com os bispos do Brasil e de outros países, os dois foram signatários do pacto das catacumbas onde se comprometeram a viver radicalmente como pobres, a serviço dos pobres, em uma igreja pobre. O Vaticano II marcou, indelevelmente, as suas vidas. Em suas igrejas particulares, promoveram, com convicção, a renovação da Igreja. Marcaram presença em intervenção significativas na CNBB. Enfrentaram resistências e incompreensões de pessoas de dentro e fora da Igreja. Deram asas a um laicato maduro e atuante na Igreja e na sociedade. Acolheram e dialogaram com pessoas de todos os credos e ideologias, enxergando nelas a imagem de filhos e filhas de Deus. Atuaram na defesa de pessoas perseguidas pela ditadura e no processo de anistia”, lembrou dom Biasin.
Dom Biasin expressou, ainda, a comunhão dos bispos à Igreja de Goiás e a dom Eugênio Rixen, que se despede hoje de dom Tomás Balduíno.
Ao final, ressaltou que todos “esses pastores zelosos, que dedicaram a sua vida a serviço de deus e aos irmãos, estão nas mãos de Deus. Tudo deles está protegido e não será corroído pela morte”.